Ricardo França de Gusmão
Dorme, companheiro, no ombro dessa que sempre está quando você procura. Que não foge do teu lado quer você vença ou não a luta. Queda, companheiro, nos braços dessa candura. Descansa no amor que balança no seio compulsivo dessa moça que te aguarda, no silêncio do teu corpo, e no vazio teu sinônimo que aflita ela abraça. Igual a ela não existe, melhor que ela você não acha. Valorize-se ao ponto de fazê-la abrigo sempre que o perigo te despir do homem e a necessidade te fizer menino. A mulher amada, amigo, tem uma fragilidade que te vence e um carinho que nunca mais se esquece. Essa uma vez na via aparece depois, nunca mais se encontra. Se perdemos ficamos com um corte na parte deserta do peito que sangra e um vazio de morte inserido na sombra.
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