Ricardo França
1.11.2019
Não existem os loucos.
Existem os homens absurdos
que xingam. Chutam. Boxeiam,
em catatonisses.
Eles vivem acima da média da sensatez
do meia culpa
e oblíquos são à média do ponderado.
Suas vidas são brevemente vidas
e habitam porões entre populações de insetos,
seus pensamentos.
Absurdos sapiens esquizofrênicos
são capazes e nulos. Adjacentes
aos ratos sem a sobrevivência dos ratos
mortos pelos inseticidas
Esses nulos são capazes e habitam o cerebelo
das mulheres que precisam de ansiolíticos
para masturbarem suas masculinidades.
É quando se beijam, no dia das Bruxas.
É preciso ficar distante das mordidas caninas
dos homens absurdos, pois nos draticulam
e nos injetam secrementos zumbis
cerebrais
Certa vez me deparei com um homem absurdo
que pedia o meu voto para presidente d sindicato
dos homens absurdos
Saquei um espelho do bolso da camisa
e ele, em espectro, suicidou-se calcidado.
Os homens absurdos existem no cinema,
na literatura, na vida real, no açúcar e no sal
São farsantes e podem dominar o mundo,
fedem amoníaco e comunicam-se pela lactose dos gemidos
Certa vez dominaram um país
com a certeza de que poderiam dominar o mundo
e impor a sua raça às demais,
sua religião, às demais,
sua vaidade em desapreço à demais
Até que os homens menos absurdos
coalizaram-se e invadiram a Normandia.
Mas os homens absurdos aprenderam
a mimetização e agora são nossos vizinhos
e sorriem. E perguntam se está tudo bem.
E nos desejam 'Feliz Natal'. E próspero ano novo.
Eles não morrem mais com balas de prata.
Mas derretem ao banho de água benta.
Os homens absurdos são bonecos sem vida
e essa é a sua principal elegância.
Gentileza com facas envenenadas nas mãos
atrás das costas.
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